AstraZeneca e Euvatar apresentam IA brasileira que transforma dados oncológicos em interação em tempo real
- Flávia Peres
- 13 de ago.
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Durante o Aspire 2025, evento realizado pela AstraZeneca com foco em oncologia, médicos de todo o país tiveram contato com uma nova forma de acessar informações científicas: uma inteligência artificial com rosto, fala e cognição, capaz de enxergar Endereço webo interlocutor e iniciar diálogos em tempo real.
A tecnologia, desenvolvida pela empresa brasileira Euvatar, foi aplicada para apresentar os estudos do pipeline oncológico da AstraZeneca, que reúne pesquisas clínicas voltadas a cerca de 16 tipos de tumores. A solução é capaz de tratar e organizar dados técnicos de alta complexidade, transformando essas informações em linguagem acessível, sem abrir mão da precisão ou da segurança.
istrada no INPI como tecnologia exclusiva, a Euvatar.ai se diferencia por dar rosto, voz e presença à inteligência artificial, garantindo ainda que os dados sensíveis utilizados não sejam compartilhados com grandes modelos de linguagem. A IA lançada no evento foi treinada com mais de um milhão de caracteres e atua de forma ativa, chamando os profissionais ao diálogo — o que representa um avanço na forma como se comunica ciência em ambientes médicos.
Segundo a fundadora da Euvatar, Flávia Peres, o diferencial está justamente na aplicação. “A inteligência artificial generativa deixa de ser uma tecnologia passiva. A gente projeta sistemas que não apenas respondem, mas que também iniciam o diálogo. Isso amplia a possibilidade de disseminação de informação e reposiciona a própria lógica da mídia e da interação”, afirma.
Para a equipe médica da AstraZeneca, a construção da personagem também teve um papel importante no engajamento dos profissionais. “A gente tem falado muito sobre a transformação que a inteligência artificial está trazendo para a área da saúde e para a oncologia. A ideia de criar a Astra era poder aproximá-los dessa realidade. Só que, obviamente, a gente tinha que treinar ela num conteúdo super técnico. Acho que a grande sacada foi treiná-la de uma forma técnica para que ela conseguisse falar mesmo a língua deles, e acho que deu super certo”, explica Giovana Onzi, gerente médica em oncologia da AstraZeneca.
A mesma tecnologia já foi utilizada na recriação interativa de Machado de Assis, apresentada pela Academia Brasileira de Letras, e agora ganha uma nova versão voltada ao setor de saúde. A iniciativa no Aspire 2025 foi construída em parceria com a agência GMC.




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